Wednesday, August 04, 2004

O cheiro da morte

Hoje irristaste-me. Deixaste um cigarro a arder no cinzeiro. Estava mal apagado. Resisti á tentação de o esborrachar e fiquei a olhá-lo. Era quase doloroso ver como lutava para se manter aceso, já sem mortalha para arder. Restava apenas o filtro. E, numa última tentativa, mostrou toda a sua incandescência, lançou uma correntezinha de fumo e apagou-se. Estava morto. Mas deixou ainda um cheiro intenso e repugnante. Será assim o cheiro da morte?
Não me apeteceu divagar sobre o assunto. Guardei-o numa pasta da memória para poder dissertar mais tarde.
Voltei á minha irritação...Deixaste um cigarro a arder no cinzeiro! Sabes que detesto isso! Odeio todos os momentos em que fumas. Porquê? Porque a tua boca fica ocupada e os teus lábios ficam longe da minha pele...

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